sábado, 7 de janeiro de 2017

[Bitupitá] Resumão da Virada 2016-2017

                Que Bitupitá é um lugar de gente e costumes peculiares isso ninguém duvida, até mesmo no que se refere a cerimônias ou ritos de passagem TRADICIONAIS. Tudo aqui é mega diferente, que coisa hein? A começar pelo lugar dos eventos. Vai ter carnaval? É na praia. Vai ter campeonato de futebol? É na praia. Vão dançar zumba? Na praia. Tiroteio? Na praia também... E o Revellion não podia ser diferente.



1- Os fogos do Cajueiro

Impressão minha, ou a galera que acende os fogos de artifício aqui em Bitu não tem relógio? Todo mundo de boa olhando pro "cássio" e chega 00h00min e nada. Quando de repente os fogos de Cajueiro começam, daí nosso herói corre pra acender nossos "pisca pisca" fogos. Não sei o que brilha mais, os fogos ou os flashes dos celulares hiper-modernos da negrada. Por fim os nossos acabam e os de cajueiro permanecem firmes e fortes.



2- Os bares e os barracos

Terminou os fogos e agora o que fazer? Para muitos a resposta é encher a cara, mas para a maioria nem é preciso esperar chegar a meia noite. Veste-se de sua melhor roupa e melhor cara ( na medida do possível ) e "simbora" pros bares da vida... infelizmente quanto pior a qualidade do local, mais barraco terá. É bêbado dançando com uma mulher mais bêbada ainda, é gente se 'soltando' demais, é mãe chorando procurando filho, é briga de mulher, copo voando e acertando inocentes. E a seresta? começa com mpb, vai pro forró e termina no arrocha.

3- Politicagem



Em Bitupitá pode faltar tudo, menos politicagem. Até mesmo ao olhar os fogos, muito cedo a 'oposição' começa a se perguntar "vai ter fogos esse ano?". Torcem para não ter só pra falar mal do prefeito e por mais que seja 3 ou 20 minutos esses nunca sairão satisfeitos. Do outro lado tem os puxa-saco do partido. Vão é cedo ver se os fogos chegaram só pra dizer pros amigos da oposição. E na hora dos fogos? Tudo tá maravilhoso, seja 3 ou 1 minuto terminam aplaudindo emocionados dizendo "esse foi o ano que eu achei mais bonito". Ninguém merece nem um dos dois lados.

4- A Ceia nas porta

Gente civilizada, graças a Deus. Nem sempre. Aqui a coisa dá uma melhorada, é comida 'no balde', muita fartura é uma característica do povo daqui. Mas é claro, depois da ceia vem aquela velha e adorável "porta da rua". Fofoca, gritos, risadas, som alto e o tiozinho que dorme cedo... não pode faltar aquele "amigo secreto", "doce" ou seja lá qual for. O mais importante da festa é a certeza que a comida de hoje vai ser resquentada para o almoço de amanhã para poder ir banhar na praia, arrombado, mangue despreocupados.

Faltou falar alguma coisa? Coloca aí nos comentários.





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