Dentre as variadas atrações do mês que se passou, as barracas certamente é uma das mais marcantes e consequentemente a compra e demais negociações com elas também. No entanto, este ano foi um pouco diferente... as tradicionais trocas de peixes por produtos com os vendedores autônomos não aconteceram com tanta intensidade como nos anos anteriores. Motivo? O peixe espada ainda não tinha dado as caras por aqui.
Pra quem não conhece, o peixe espada é um típico peixe de nossa região (Bitupitá) que por muitos é amado e por outros odiado. É daqueles que quando é servido na janta os mais ''mimados'' preferem o popular "tá tá shi-i-i", vulgo ovo de galinha, tamanha é a popularidade do peixe. Mas, é claro, de outro modo tem sempre aquela galera que gosta dele em todas as receitas, seja fresca ou seca, frita, assada e até cozida (eca! - respeito seu gosto).
Chegado o dia 01 de junho e não restando mais nenhuma barraca na comunidade, a tão esperada hora chegou: as canoadas de espada (quem tem pé que tire do meio) surgiram, ela com sua boca repleta de dentes amolados feito a espada de um samurai, sua cabeça torna-se extremamente perigosa, mas seu corpinhooo, ah que corpinho ! É desejado por muita gente.
Com a demora da danadinha, um morador chega a afirmar a equipe do Bitupitá da Depressão:
"As espadas chegaram atrasadas esse ano, se elas aparecem mais cedo teria feito várias trocas com os barraqueiros. Ainda mais porque a minha mulher estava doida por um vestido e nós tava sem dinheiro nessa crise ordinária."
Cedo ou tarde, uma coisa é certa: a galera foi ao delírio com a chegada das espadas, pois independente dos gostos pessoais é através do pescado que nossos guerreiros garantem o sustento de casa e garantem a circulação de dinheiro em Bitupitá, que ainda tem na pesca sua principal fonte de renda.

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